No Fim dos Tempos…

Rasgam-se clareiras de algo

Entre o algo que irei encontrar

Um algo que ilumina um desconhecido

Que por causa disso

Logo me passa a ser familiar…

Num tempo que desconheço

Desconhecendo se conhecerei a pessoa que lá chegará

Se tarde se fará calma

Se a calma se fará tarde

Não tendo nenhuma certeza

A não ser de ir amar essa vida

Da maneira usual

De uma forma que considero diferente

Mas que vista de fora

Parece ser uma maneira banal…

Olhando para esse final de tempos

Tentando os interpretar

Sem saber se cheguei a um local terminal

Ou se ele é apenas um terminal

Que me mandará para outro lugar…

Purgatório

Ou mero espelho sensorial?

Onde me irei encontrar

E rever

O que fiz de bem

Ou o que fiz de mal

Irei ter a suprema redenção

Ou o que se espera de contrário

Irei ter quem procuro

Dormindo por fim

Mas condenado

Seja qual for a sentença

O resultado

Condenado

A dormir

Acordado…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 02/08/2011
Código do texto: T3135167
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