Deixa-me, simplesmente deixa-me…
Dormir para sempre
Num corpo eternamente acordado
Mas que quase de uma forma omnipresente
Está alerta
Para compensar
Um espírito ausente…
De um tempo
Que para mim não passa
Felizmente não há forma de passar
Excepto no tal corpo
De que apesar de mente estar no céu
Ou num limbo se quiserem
É na terra
Que o corpo costuma de facto estar…
Mera ilusão
A mente está aqui
Mas projecta-se no céu
Onde o teu sonho
Também é o meu…
Mas por vezes
Numa vontade enorme de parar
De descansar
Gostava que ambos os elementos
Pairassem nesse espaço
Onde pudesse voar
Enganando esse tempo
As suas amarguras
Que sinto de uma forma plena
Apesar de não parecer
Gostava então de voar
Por um segundo
Que transformaria numa eternidade
Gostava de me ausentar
Como o faço de facto
Sem ninguém notar
Para muito depressa
As tais feridas
Esquecer
Á velocidade da luz sarar…