Deixa-me, simplesmente deixa-me…

Dormir para sempre

Num corpo eternamente acordado

Mas que quase de uma forma omnipresente

Está alerta

Para compensar

Um espírito ausente…

De um tempo

Que para mim não passa

Felizmente não há forma de passar

Excepto no tal corpo

De que apesar de mente estar no céu

Ou num limbo se quiserem

É na terra

Que o corpo costuma de facto estar…

Mera ilusão

A mente está aqui

Mas projecta-se no céu

Onde o teu sonho

Também é o meu…

Mas por vezes

Numa vontade enorme de parar

De descansar

Gostava que ambos os elementos

Pairassem nesse espaço

Onde pudesse voar

Enganando esse tempo

As suas amarguras

Que sinto de uma forma plena

Apesar de não parecer

Gostava então de voar

Por um segundo

Que transformaria numa eternidade

Gostava de me ausentar

Como o faço de facto

Sem ninguém notar

Para muito depressa

As tais feridas

Esquecer

Á velocidade da luz sarar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 01/08/2011
Código do texto: T3133132
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.