AMIZADE

Entalhado a mão
Com delicadeza extrema
Suave teorema
Desvela-se e se esconde
Anda por não sei onde
Buscando o improvável
E desnuda admirável
Permite o olhar virtuoso
Não exige e nem suplica
Contudo se aplica
Em tentar aproximar
A dor da melancolia
Da embriagada alegria
Não espera coragem
Mas perdoa a covardia
E mesmo que a noite longa
Insista em trancar o dia
Estará na aurora
Com sorriso de esperança
A convidar a criança
Que se guarda no baú
Da ilusão açucarada
Está então demonstrada
A bela e entalhada
Tão fielmente cultivada
Amizade companheira.
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 21/07/2011
Reeditado em 29/10/2015
Código do texto: T3108418
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