Na Dimensão das nossas asas…
Aprendemos para onde
E que altura devemos
Ou poderemos voar
Falando com caras estranhas
Que se o tempo correr de feição
Se irão tornar familiares…
Olhando olhos e faces
Difíceis de reconhecer
Pela sua diferença
Mas depois de conhecidos
Chegamos à feliz conclusão
Que esses olhos
Não são mais do que uma mera aparência…
Que esses rostos imanam palavras
Através das quais notamos que nos conhecem afinal bem
Melhor do que pessoas antigas nas nossas vidas
Melhor do que mais ninguém…
Rostos que indicam caminhos
Ou rotas
Para onde deveremos
Voar
Livremente
Sem medo de nada
E muito menos
Do tempo passar
Rostos perdidos no tempo
Que ocasionalmente podemos achar
Rostos que notamos de imediato possuírem uma estranha familiaridade
Reparando que com esse tempo
São esses rostos
E pouco mais
Que ficarão na nossa eternidade
Para além da espuma dos dias
Para além de qualquer outra maré
Para além de qualquer outra tempestade
Rostos estranhos
Que nos devolvem tantas vezes a fugidia Fé
Rostos a que me conduziu uma espécie de estranho destino
Em locais por vezes considerados estranhos
Na sua diversidade
Onde habita a mais genuína
De todas a humanidade
E são esses rostos
Essas asas
Que completos
Com a sua alma
Com o seu corpo
Que quero
De uma forma intemporal
Comigo…