Na Dimensão das nossas asas…

Aprendemos para onde

E que altura devemos

Ou poderemos voar

Falando com caras estranhas

Que se o tempo correr de feição

Se irão tornar familiares…

Olhando olhos e faces

Difíceis de reconhecer

Pela sua diferença

Mas depois de conhecidos

Chegamos à feliz conclusão

Que esses olhos

Não são mais do que uma mera aparência…

Que esses rostos imanam palavras

Através das quais notamos que nos conhecem afinal bem

Melhor do que pessoas antigas nas nossas vidas

Melhor do que mais ninguém…

Rostos que indicam caminhos

Ou rotas

Para onde deveremos

Voar

Livremente

Sem medo de nada

E muito menos

Do tempo passar

Rostos perdidos no tempo

Que ocasionalmente podemos achar

Rostos que notamos de imediato possuírem uma estranha familiaridade

Reparando que com esse tempo

São esses rostos

E pouco mais

Que ficarão na nossa eternidade

Para além da espuma dos dias

Para além de qualquer outra maré

Para além de qualquer outra tempestade

Rostos estranhos

Que nos devolvem tantas vezes a fugidia Fé

Rostos a que me conduziu uma espécie de estranho destino

Em locais por vezes considerados estranhos

Na sua diversidade

Onde habita a mais genuína

De todas a humanidade

E são esses rostos

Essas asas

Que completos

Com a sua alma

Com o seu corpo

Que quero

De uma forma intemporal

Comigo…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 20/07/2011
Código do texto: T3107083
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