FILO INFERNUS
Ah, você que reclama do vazio.
Sente-se vazio
Come o vazio
É o próprio vazio.
Ah, amigo...
meu maior ‘in filo’
‘in cofidente’
‘in confessável’
Vou preenchendo meu saco de viagem
Guardei poesia
De barro fiz homem e mulher
Do reverso
converso,
meu verso.
Plasmei formas
De dores fiz cores
Induzido
Seduzido
Abduzido, voltei pelo caminho.
Meu mundo é diferente do teu.
Moro onde reina a Primavera
No verão percorro o litoral.
Não me importo mais se no horizonte
o Mar, Céu
em Elo se encontram.
Prefiro agora a onda
que chega à praia
em tranquila marola
MAR em ORLA
P.A.Z.
Tu moras onde é sempre inverno
e o outono é a porta do INFERNO.
L.L. Bcena, 30/03/2011
POEMA 323 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.