O IMPÉRIO DO SILÊNCIO
Tu sabes que
o excesso de som nas cidades
esconde
o império do silêncio.
Não há mais o que dizer,
todos gritam
o nada que lhes resta falar.
Impera o silêncio das almas,
das dores guardadas,
da fome reprimida,
da palavra engasgada,
da noite mal dormida,
dos olhares malditos,
dos meninos sem teto,
das mulheres sem homens,
dos homens sem mulheres,
dos sem afeto,
dos sem poema,
dos sem sonho,
dos sem medo da morte,
dos que morrem de medo.
Impera o silêncio dos ingratos,
dos invernos,
dos intensos,
dos imersos na lama
de uma vida sem porvir,
dos prostituídos,
dos que compram prazer,
dos ouvem canções
e fecham o coração.
Mas tu podes quebrar o silêncio!
Basta dizeres
a palavra certa.
Tu sabes que
o excesso de som nas cidades
esconde
o império do silêncio.
Não há mais o que dizer,
todos gritam
o nada que lhes resta falar.
Impera o silêncio das almas,
das dores guardadas,
da fome reprimida,
da palavra engasgada,
da noite mal dormida,
dos olhares malditos,
dos meninos sem teto,
das mulheres sem homens,
dos homens sem mulheres,
dos sem afeto,
dos sem poema,
dos sem sonho,
dos sem medo da morte,
dos que morrem de medo.
Impera o silêncio dos ingratos,
dos invernos,
dos intensos,
dos imersos na lama
de uma vida sem porvir,
dos prostituídos,
dos que compram prazer,
dos ouvem canções
e fecham o coração.
Mas tu podes quebrar o silêncio!
Basta dizeres
a palavra certa.