ADMIRÁVEL AMIGA
A D M I R Á V E L A M I G A
Tu mulher!
Tens a alma ávida de delírios
A voz que acaricia
Os olhos cheios de saber
E um coração transbordante de amor
Nunca é demasiado tarde para seus arroubos
Sempre no compasso do tempo
Sempre no espaço adequado
Lá estão suas palavras
Quem me dera como tu
Tivesse eu esta afeição
Está sempre no tempo certo
Nas semanas, nos dias e nas horas
Invejo essa tua rapidez em sonhar
Esta doçura em se explicar
Sem afetação
Sem hesitação
Sem agitação
Mas com ternura
Físico pequeno
Mas espírito gigante
Reparte doces sorrisos como maná
Sopra sua voz em deleite
Ao hostil dá absolvição
Quisera eu uma nesga da sua compreensão
Quem sabe um naco da sua paciência
Ou somente um tantinho da sua simplicidade
Ó minha admirável amiga!
Ah! Na doçura da efusão...
Encontrar-te
É a redenção!
Por ti decifraria enigmas e comeria textos
De ti me basta uma letra!
(novembro/2002)