Uma lágrima furtiva

Rolou do teu rosto uma lágrima bendita

Que delicadamente em minhas mãos

Aprisionei, guardei bem no fundo da alma

Eram as lágrimas do teu amor por mim...

Rolaram lágrimas do rosto da bela criança

Que delicadamente colhi em desespero

As sacudi ao vento, para que o vento as levasse

Rapidamente ao meu Pai, eram as lágrimas sofridas...

Colhi uma lágrima do rosto já quase inerte, sem vida

Onde a violência das armas impera, mata e destrói

Famílias inteiras e onde a dor é apenas um vazio

Guardei a lágrima de sangue no porão da alma...

Caminhando, vi tantas lágrimas, serem derramadas

Entre a fome e o descuido, entre a agonia do viver

De serem esquecidos, na guerra e nos limbos perdidos

São as tristes lágrimas da solidão e da podridão...

Mas quis trajar esperança nos caminhos do desamor

Onde vesti as almas de novas lágrimas, vindas do céu

As lágrimas da amizade, esperança e do amor

E esta é a minha lágrima furtiva quando eu te vejo feliz...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 20/06/2011
Código do texto: T3045966
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