Desenhar novas saídas.
Evitar as recaídas.
Recuperar-se a tempo, 
De preservar o sentimento.
Deixar a água lavar a alma.
Manter limpa e estendida a palma.
Ter contato com todos os reinos,
É recomendável ao peito.
Passar por todos os degraus,
Conhecer os próprios graus...


Permanecer nos domínios da lucidez,
Para desviar da absurda aridez.
Esperar, pacientemente, sua vez.
Evitar a exacerbada altivez.
Curvar-se, sempre que possível,
A tudo que for sensível.
Sentir-se seguro,
Sem, contudo, erguer ao seu redor um muro.
Ser do mundo,
No sentido mais profundo.


Encontrar o seu ofício.
Exercê-lo sem exagerado sacrifício.
Digladiar com toda forma de sofrimento,
Aprimorar, ao máximo, o interno acabamento.
Assumir a própria humanidade
E a consequente responsabilidade.
Deixar as flores enfeitando os jardins.
Ouvir os conselhos dos sábios querubins.
Ser fiel
A esse incrível céu.


Não se acomodar
Em qualquer lugar.
Desejar sempre o melhor
Para tudo ao redor...
Ouvir-se.
Despir-se!
Tratar-se muitíssimo bem!
Há sempre algo além...
Respirar profundamente!
Suspirar suavemente...


Compreender que tudo faz parte,
Da mesma gigantesca obra de arte!
Misturar-se.
Espalhar-se!
Aprender a ouvir
Sem se distrair...
Descobrir o que melhor lhe cabe,
Reparar que o vento sabe...
Ser um operário da tranquilidade,
É a via mais rápida para a felicidade.


Sugestões da eternidade,
Para quem busca a luminosidade!


Para Condessa Adaljiza Cuan





Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=3uZkyBbJBps&feature=related



Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 20/06/2011
Reeditado em 20/06/2011
Código do texto: T3045756