O poeta e o amigo

Não existe intempérie que não passe,

na alma do poeta que chora em versos,

as lágrimas da paixão sentida,

na catarse da sua singela pena.

Assim como não existe a amizade,

se não houver o amigo que chore junto,

que ouça os desabafos e afague a mão,

e que tudo faça para o sorriso aflorar.

Contudo não se espere que sempre sejam,

as intempéries a fazer gritar o poeta,

senão a sua alma que precisa ser ouvida.

Assim como nem sempre o bom amigo,

estará fortalecido e com tempo certo,

para estender as mãos e nos dar guarida.

Santos, SP

28/11/06

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 29/11/2006
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