Não sou poetisa, mas uma sonhadora
Não sou poetisa, mas uma sonhadora
Eu não sou poetisa, eu sou sonhadora
Coloco nas linhas do meu livro da vida
O meu sonho, uns de amor, partilha
Outros de linda amizade, de crescimento
Às vezes, busco as palavras
Azedas e ofensivas e maldosas
São palavras agrestes, magoam,
Mas despertam a emoção de quem lê
Palavras pouco meigas e sombrias
Palavras cheias e constantes de reclamação
Do que de errado esta neste planeta
Como sou sonhadora, busco palavras
Alegres e belas para descrever os sonhos
Algumas são fáceis de buscar, sem dicionário
Sem grandes floreados e complicações
Pois surgem do fundo o coração
Outras, busco na revolta do povo
Na sua dor e opressão e desigualdade
Quando vejo a fome e guerra, maus-tratos
Racismo e xenofobia e religiões em conflito
Então busco as minhas palavras de revolta
E grito aqui na escrita, deixo sem medo
Se cortarem a minha cabeça, a voz e o tempo
Que basta de injustiças e malvadez.
Pois eu não sou poetisa, não sou não
Nem sou político, policia e nem ladrão
Sou apenas um Ser humano, revoltado
Com estas desilusões e atrocidades
Por isso eu, quero gritar na minha escrita
Que acabem com estas mentiras desamor…
Por um mundo melhor… Gritarei…
Morrerei… Valerá a pena. Se eu mudar.
Um pensamento, uma lei, uma guerra
E trouxer alguma dignidade humana e amor?
Então valeu a pena, valeu, pois fiz a minha parte aqui.