BORBOLETA

A Ti, doce e imensa Amiga, cuja distância e silêncios a espaços não conseguem diminuir a bela e única Amizade que sinto por ti

(Pequena homenagem a Ti e á tua escrita magnífica, a quarta parte do Poema foi feita com títulos de alguns dos teus mais recentes poemas)

BORBOLETA

(1)

Voas

Por entre o teu

Jardim Encantado de interioridade

Cheio de ternuras

Tão poderosas como a lava

Que brota de nós

E que solidifica a nossa amizade

Borboleta

(2)

Emerges e sais

Do teu casulo

Com uma certa insistência

Para sair dele mais bela

Do que nunca

E Rainha suprema

Da ternura e do afecto

Voas por muitos lados

Sendo a imensidão

O teu tecto

Borboleta

(3)

Em dias menos bons

Ou em dias de tempestade

Sobrevives a tudo

E não paras de voar

Nem todos te apreciam

Mas sinto que são cegos

Das sensações e de sentidos

Pois só um cego de tudo

Pode de ti não gostar

Borboleta

(4)

Em supremos Raios de Sol

Em Ternuras Cadentes

Numa Amizade que a neve não derrete

Princesa sem tempo

Dum Armário

Que nunca fechas

E que mais factos

E fatos da vida gostas

Ou lá calha acrescentar

E que te torna maior

Entre a Roseira das Palavras

Onde sobrevives à dor

Escalando Muros de Silêncio

Porque a tua voz deve ser ouvida

No Desabrochar da Aurora

Onde brilhas, hó como Brilhas!

Em Pedaços esquecidos

Da tua bela imensidão

Vences as tuas ternas Lágrimas de Ilusão

Em Emoções de Coração Só

Num Até Sempre!

Que deixa saudades

Doce Historial de Afectos

Onde conquistas a tua eternidade

E dás a cheirar a Orquídea da Razão

Onde o que está em causa

Não é apenas o coração

Pois Estranhos na tua vida

São todos aqueles que não te sabem dar valor

Pois a Morte do Sonho

É apenas mais um capítulo

Do imenso Tesouro Recuperado

Que contra a tua vontade

Estou sempre a acrescentar

Na estranha Psicologia da Amizade

Que ambos gostamos de estudar

Dissecando clinicamente

A Autobiografia da Dor

Cujo o que mais importa

É

Um Dilúvio de Amor

Borboleta

(5)

Planas

Dentro e fora

Do meu Imenso Palácio de Gelo

Dás-me o teu perfume

E o enorme

Prazer de te ver

Enquanto o teu aroma

Dessa deliciosa sopa de letras

Que fazes no caldo das nossas vidas

Me dão o prazer

De as juntar

E de as ler

Temperadas

Pelo imenso carinho

Que sinto por ti

E tal

Que é o meu guia

Na estrada que leva ao infinito

Enquanto

Te observo

E me orgulho

O tanto

Que por ti sinto

Pois és a lua

Que falta ao meu planeta

És parte da constelação

Onde ele está

És tudo isso

E mais ainda

Resumida numa palavra

Que ambos gostamos:

Borboleta