Uma nova (Velha…) Noção de Realidade…
A vida reveste-se de coisas de tal ordem incertas e subjectivas
Que pelo mesmo prima
O mesmo diapasão
É impossível as existências em termos globais olhar
Mas há coisas comuns
Que pela mesma visão
Temos mesmo que observar…
Porque o Norte é sempre o Norte
E o coração e alma
Estão em toda a gente no memo Lugar
E por isso podemos ser de factos diferentes
Mas certas e determinadas coisas
Acabam por serem fáceis de interpretar…
Sim
A diferença é uma marca de identidade
Mas a diferença
Se demasiado cultivada
Pode ser uma marca de exclusão
Quer seja genética
Cultural
Ou meramente ideológica
Se for extremada
De tudo
De todos
De uma forma implacável nos pode afastar…
E temos de perder de uma vez por todas
Essa mania
Esse vício
De nos olharmos como inacessíveis
Supremo
E final artificio
Sacrifício
Onde desculpamos as nossas falhas
As nossas incapacidades
Pelo acto falhado do mundo em nos ler
E olhar tal com assombrosa normalidade
E não como uma fatalidade
Que nos desculparia
Que absolveria
A nossa não comunicação
Uma culpa própria
Que queremos nos outros
Para descansarmos
Para não crescermos
Para morrermos
Para nos conformarmos
E termos assim
A tão desejada social e comportamental absolvição…