CARINHOS DISTANTES MAS PRESENTES

A ti, doce e imensa Amiga Borboletita

CARINHOS DISTANTES MAS PRESENTES

Não sei como andas

Como estás

Só espero que bem

Pois é o bem que me trás por cá

Dando-te estes

Carinhos distantes mas presentes

Porque

A cada amanhecer

No meu Palácio de Gelo

Há sempre uma borboleta

Que me aparece à janela

E que me recorda

Em sonhos que não tenho

Como és doce,

Como és bela

Desejando-te então

Carinhos distantes mas presentes

Porque sabes

Que mesmo o longe

Se faz perto

E eu estou

Quando queres

Nessa esquina

Com o espírito a descoberto

Pois nada de ti

Tenho a temer

E muito menos

A esconder

Espécie de luz

Que me indica

De certa forma um caminho

Quando não te vejo

Ou sinto

Sinto-me algo

Sozinho

Lançando ao céu para ti

Carinhos distantes mas presentes

E mesmo

No fundo da minha não crença

Dos meus dias com quase nada

Sinto um anjo

Na tua presença

Uma espécie de Anjinho da Guarda

Ficando então

Mergulhado no silêncio mútuo

E na volúpia de lindos e puros sentimentos

Cortinas da mais fina ceda vermelha

Espelho duma certa interioridade

Cortinas que aquecem o meu refúgio

Quando me recordo

Da nossa amizade

Pegando eu então

Na minha pena sem jeito

Que destila tinta

Onde discorre o teu recordar

Carícias sem tempo e sem espaço

Que sem perceberes

Te estou sempre

Através do espaço entre nós

A enviar

Pois na minha reza sem Deus

Ao deitar

Desejo-te toda a paz do mundo

E tranquilidades

E dou comigo a suspirar

Aquecendo um quarto cheio

Das minhas riquezas

Nada para o mundo

Mas fruto da minha natureza

Olhando então

Para uma estrela

Que está sempre a brilhar

A estrela és tu

Para além de tudo

Que nos possa separar

Porque mais nos une

Pela estrada que leva ao infinito

Te dou tudo o que sou e sonho

Pois em ti

Eu acredito

Com sentimentos definidos

Mas um pouco ardentes

Nesta

E em todas as noites

Frias ou quentes

Te dou

Carinhos distantes mas presentes