Uma questão de Afecto…
Ser invisível
Poder ser mais uma qualidade
Um direito
Do que defeito
Se a soubermos exercer
E usar
Na medida do possível…
Porque não somos
Nem devemos
Ser o centro de nada
E muito menos o centro de tudo
Pois somos apenas
Meros cidadãos
E cidadãs
Do mundo…
Sem nada que nos distinga
Nos torne
Em algo peculiar
Podemos achar
Ou sentir tal
Mas cabe ao tal mundo
No seu mapa
Nos assinalar…
Sim
Sou igual a Ti
E Tu igual a mim
Sendo que o que nos une
É a tal igualdade
E se quisermos á força sobressair
Perde-se a magia
Da mais cristalina
Paridade…
E não me perguntem a razão
De certas coisas durarem um segundo
Outras durarem uma eternidade
A razão é de tal ordem visível
De tal ordem clara
Sem lugar a segundos sentidos
Dado a preservação de laços
O respeitar de certas fronteiras
Da disciplina da vida
Deveria ser o principal objecto
Quando tudo acaba por se resumir
A uma mera…
Questão de Afecto…