Sou sim! Sou malandro!
Sempre que posso, com a vida, barganho,
Negocio,
Influencio.
Parcelo o sofrimento,
Para não perecer de abatimento.
Juros, não pago.
Acho um desacato.
Um abuso
Que há de cair em desuso.
Ao contrário, peço redução da pena,
Já que a passagem aqui é tão pequena...
Mas, quando posso, pago em dobro,
Tudo que sofro.
Deposito o pagamento em versos,
No banco do universo.
Sempre pra cima, alegres, positivos,
Com pretensões a construtivos.
É quando a vida se abre toda,
Deixando a minha cabeça louca,
Com tanta beleza,
Com essa infinita delicadeza.
Mergulho em seu centro.
Prefiro o caminho de dentro.
Esparramo mel
Pelos céus.
Atraio anjos
Para o meu poético canto.
Chegam brincando...
...Seguimos cantando!
Nossas canções são lindas.
Todas de uma pureza infinda...
Criamos um pólo emissor de energia,
Da mais completa harmonia.
Um farol invisível,
Apenas para os habitantes do incrível!
Escolhemos as sementes
Referentes às pulsações mais urgentes.
Aquelas que não podem esperar
Para rebentar.
Como as de afeição
Por cada grão...
Enquanto criamos poesia,
Dissolvemos os nós da melancolia.
Afastamos o cinza,
Com tintas coloridas
De felicidade
E tranquilidade.
Quando acabamos de escrever,
Despedimo-nos emocionadamente.
Abraçamo-nos carinhosamente.
Eles voltam para o amanhecer.
Eu volto a contemplar
E permaneço a saborear...
Para:
Claudia Cristal
Anna Carvalho
Vídeo recomendado:
http://www.youtube.com/watch?v=sWo8EqtidDM