Amigo confidente

Entreguei uma a uma as dores

Que trazia no meu pobre coração

Era uma lista e tanto, que preenchida

Onde apenas sabia reconhecer as dores...

Falei tanto que não consegui escutar

A suave voz do meu amigo confidente

Ele sorria, divertido, parecia tão paciente

Apenas fez um gesto suave para me calar...

Deu-me suas mãos e convidou-me a voar

Por lugares onde eu nunca tinha estado

Lá de cima poderia ver coisas que jamais

Em minha existência poderei descrever...

Ele me levou a um lugar destruído, terrível

Seu cheiro era nauseabundo, cheiro a morte

Vi um cadáver atrás de outro, crianças, velhos

Não existia salvação, era tudo destruição, apenas...

Mostraram-me minha vida, momentos dela

Como se de um filme tratasse, ferozmente

Logo me leva de novo a terra, mostrando

Como era a fome, o ódio, a ganância e poder...

Voltando a mostrar de novo a minha vida

Apenas sorrindo, calmo e com justiça

Dizendo que nunca estive sozinha aqui

Que Deus habitava no meu coração sempre...

Porque não confiar? Porque sempre lamentar

Apenas meus irmãos não tinham Deus em si

Fazendo as dores do mundo, reinando ali

Nas suas vitimas cegas, altruístas e materialistas...

Eu não sou vitima da dor, mas sim a dor

É minha maior vitima, das atitudes erradas

Dos meus lamentos, de nunca escutar a minha voz

A voz, a tão famosa voz, a voz do meu coração...

Este meu fiel amigo confidente, Jesus meu irmão

Mostrou-me que precisava voltar a renascer de novo

Curar as minhas dores que nada são ao lado de outras

Trajar novas vestes, novo corpo, nova vida, amor...

Feliz eu, coloquei os seus ensinamentos, um a um

Vestindo a humildade, perseverança e a caridade

Revestia minha alma em amor, refletindo a luz

A bela luz do amor, da amizade incondicional...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 23/04/2011
Código do texto: T2925717
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