DIREITO DE ESCREVER

È ele, o poeta das rimas distorcidas,
que fala de encontros, e despedidas,
que ninguém sabe onde vai busca las.
Será no alto de alguma erma montanha,
que busca versos e a rima tão estranha?
De passados,lembranças de senzalas?

Fala de noites, que não foram dormidas,
de um  jardim, sem rosas e margaridas,
consegue no final, alguma coisa concluir.
As incriveis rimas que usa em excesso,
que só fala de idas,nunca de um regresso,
são verdadeiras, sem a intenção de mentir.

Versos e rimas, que ele explora demais,
estranhos, como seus dez pontos cardeais,
bem humorado, para que ninguém aborreça.
Na última poesia, para a gente confessa,
  as  desventuras de uma falsa promessa,
passa para o papel tudo que vem na cabeça.

Numa outra, lamenta tanto ser um careca,
motivo que recusou seu amor, a deusa azteca,
e outras que ninguém consegue entender.
Grande poeta! Já casou com Branca de Neve,
mas apesar das bobices, gosto do que escreve,
belas ou feias, ele tem o direito de escrever...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 15/04/2011
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