A PORCA 'MALHADA'
Quando vou a prateloeira
Dos "tapes" de minha infancia
Rio de tantas besteiras
Que se faz quando criança
Vou falar e é verdade
Do que agora me lembro
Quando era bem pequeno
Já nem me lembro a idade
Em casa tinha um chiqueiro
E dentro dele uma porca
Por nome "Malhada" atendia
Tinha muitos leitõezinhos
Era calma, gorda, sadia
Eu conversava com ela
E juro, ela entendia
Passava lá muito tempo
Várias hora, até, por dia
Uma vez, não sei porquê
O "papo" estava enfadonho
Dormí; Estava com sono
Quando acordei, não sabia
Que havia sido "!premiado"
Por uma mosca matreira
Depois disso, poucos dias
Em minha caberã nascia
Uma nojenta bicheira
Sofrí o que ninguém sofreu
Para "despejar" o inquilino"
Que se instalou quando eu
Tinha sonhos de menino
Cortei relações com a porca!
Deixei os "papos" prá lá
Mas hoje ainda lamento
que por esse trista evento
Me proibira de ir lá.
Abateram a coitadinha
Quando a fome apertou
E dela, pouco sobrou
Derreteram suas banhas
Sua carne com farinha
De muitos a fome matou
Seu couro, virou torresm
E dela sobrou só mesmo
A saudade que ficou.
(Profundo!!!)