A PORCA 'MALHADA'

Quando vou a prateloeira

Dos "tapes" de minha infancia

Rio de tantas besteiras

Que se faz quando criança

Vou falar e é verdade

Do que agora me lembro

Quando era bem pequeno

Já nem me lembro a idade

Em casa tinha um chiqueiro

E dentro dele uma porca

Por nome "Malhada" atendia

Tinha muitos leitõezinhos

Era calma, gorda, sadia

Eu conversava com ela

E juro, ela entendia

Passava lá muito tempo

Várias hora, até, por dia

Uma vez, não sei porquê

O "papo" estava enfadonho

Dormí; Estava com sono

Quando acordei, não sabia

Que havia sido "!premiado"

Por uma mosca matreira

Depois disso, poucos dias

Em minha caberã nascia

Uma nojenta bicheira

Sofrí o que ninguém sofreu

Para "despejar" o inquilino"

Que se instalou quando eu

Tinha sonhos de menino

Cortei relações com a porca!

Deixei os "papos" prá lá

Mas hoje ainda lamento

que por esse trista evento

Me proibira de ir lá.

Abateram a coitadinha

Quando a fome apertou

E dela, pouco sobrou

Derreteram suas banhas

Sua carne com farinha

De muitos a fome matou

Seu couro, virou torresm

E dela sobrou só mesmo

A saudade que ficou.

(Profundo!!!)

Lupi
Enviado por Lupi em 05/04/2011
Código do texto: T2890891
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