DO POETA MAURICIO DE AZEVEDO,POEMA PARA A HUMANIDADE.
Os anjos,
Do céu estenderam um tapete
De ouro,de um azul ricamente iluminado
Escoltado e guardado por poetas e samurais.
E por ele,Deus desceu. O sonho acordara
Como uma menina enfeitada em laços de fita.
Uma música santa e divina.
E nele,o pai havia pedido a Deus:
Clareai e iluminai
Ó música dos meus filhos,
A nossa inocência perdida!
Deus o ouviu docemente.
Deus ouve a todos que o chamam.
E assim,em redemoinhos, já na Terra visitada
Os dedos mágicos de Deus e dos anjos
Apontaram os caminhos por onde ia aquela humanidade.
Onde três quartos deles,eram tristemente carne no prato
De porcelana azul chinesa,
Carne de humanidade obesa
De males e medos, cor cinza pálida
De um vermelho doído
De uma verdade desprezada em silêncios
Onde Deus parecia esquecido.
Talvez não sejamos mais nada,
Ou simplesmente essa carne no prato.
Carne cinza no prato de porcelana falsa chinesa.
Carne crua,nesse imenso prato que é a Terra.
Simplesmente carne crua,solitária
Artificialmente colorida a encobrir
Frustrações,invejas e angústias.
Uma indignação esquecida,
Uma esperança perdida.
Veio o lamento,uma súplica
Pois na música estava Deus
Que junto aos anjos,exortou os poetas,
Os guerreiros e os samurais
A entoarem cânticos;
O último dos cânticos santos
E assim a voz de Deus se fez ouvir...
possam asim,os muros das inquietações
Com a segurança dos tímidos que ainda amam
Assentar nos homens, a grandeza da verdade.
Possam os homens,enfrentar adversidades
Ignorar o vazio com o melhor dos caminhos
Ser a tormenta,as pedras,as tempestades
Lições importantes,mas não as únicas.
Possa haver na liberdade uma ode ao amor
Na nudez,na mudez,o silêncio de se reverem
No perdão novamente ofertado.
Reconhecerem-se no amor incondicional
Perpetuarem pelo pai do amor a eles oferecido.
E com música eclodindo forte,
Percebeu Deus,bastante intristecido
Que os homens continuavam mudos aos chamados.
Perceberam os anjos,todos bastante apiedados
Que os homens haviam sumido todos em si mesmos,
Todos os homens em um só,
Com a mesma máscara,
Morte dos sonhos e ilusões
Na boca de todos,a buscar uma falsa guarida.
Falsa anistia,de uma bondade e generosidade esquecidas
Toda uma fé perdida para sempre!
Sem amor,sem Deus.
Deus retirou-se,voltou aos céus
Com ele voltaram os anjos
Os poetas,os samurais.
Mas nenhum de nós percebeu a nova partida.
Retornamos à mesa,a carne está decomposta.
Bateu o vento,gerou novas pessoas iguais.
Agora somos mais,
Talvez sejamos além da areia nas tempestades.
Faces além do sal nas águas,alguns de nós
Em honra, ainda sejamos humanos.
Enquanto milhões de outros flutuam
Rasteiros e transparentes vermes bailam.
Talvez não sejamos mais nada ao todo.
Apenas histéricos,chatos e deprimentes egos,
Talvez nem sejamos mais gente que é gente.
Ou ainda consigamos, numa pequena parcela de gente
Ainda crente no pai sempre eterno
Recuperar a nossa alma tão bonita um dia.
Também esquecida de Deus,perdida numa mata escura
Sem vida,sem luz.
Clareai e iluminai-nos ó pai!
Mauricio de azevedo,do Livro pús moderno.
"Dedico este poema a minha amiga,poetisa Elenite Araujo pelo grande ser humano que é,preocupada com uma poesia maior,que é aquela inspirada no Divino.Com versos vestidos de poesia e ora despidos da conveniência dos sentidos,Elenite transmite sua poesia repleta de uma áurea iluminada.Além de excelente poetisa,é uma grande amiga que está sempre preocupada com os amigos.Por isso,
dedico este Poema da Humanidade para ela.
Minha amiga,que Deus esteja sempre contigo.
Um grande abraço a ti."
(Ao querido amigo Mauricio,meu imenso obrigada
Por tamanha generosidade e carinho à minha pequena "poesia").