ESSA SEXTA À TARDE
SEXTA À TARDE
por Juliana S. Valis
Pensamentos vagam pela sexta à tarde,
Vértices de vida vagando pelo verniz do vento,
Vasculhando vestígios de vagas vontades,
Sem muitas vagas no verso do estacionamento...
Tantas ideias vagam pela sexta à tarde,
Vislumbrando véus virtuosos de qualquer verdade,
Quando o verão vasculha o próprio vão que arde
No coração, em vestes de velocidade...
E são tantas vozes vivendo nessa sexta à tarde,
Vozes em versões de vidas vagas e velozes,
Vorazes como versos de veracidade,
Venerando alegrias de tantas outras vozes !
Ah, poderia durar pra sempre toda sexta - feira,
Toda essa magia que antecede o sábado,
Toda a euforia breve e passageira
Poderia ser inteira, e não pela metade...
Pois são tantas cores nessa sexta à tarde,
Vértices de amores que serão vividos,
Verdadeiramente vastos na versão que invade
O coração, em versos nunca antes lidos !
E tomara que termine logo o expediente dessa sexta à tarde,
Tomara que o universo se transforme em versos de outras vidas,
Tão dispersos em vestígios vagos da verdade
Que toda a humanidade possa ter saídas.
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