Quando me predisponho a alterar a consciência,
Sinto, imediatamente, uma suave “saliência”,
Um repentino clareamento...
Uma espécie de súbito enternecimento,
Na energia do olhar...
Como se estivesse usando lentes encantadas,
Que alteram, completamente,
Radicalmente,
O processo de decodificação de tudo que está a pulsar...
A percepção das vibrações materializadas!

É como se as retinas mergulhassem em nuvens claras,
De essências calmas...

Suavizam-se as feições.
Potencializam-se as sensações...
Aquelas mais saudáveis,
Integralmente agradáveis!

Entendo que o mundo continua o mesmo,
Enrolado em seu esquisito novelo...
A minha receptividade, foi que se ampliou,
A minha percepção é que se alargou...
Quase que numa coletiva absolvição,
Pra poder escorregar logo, para a celebração!

Assim fica tão mais fácil viver...
É tão mais acessível, o prazer!
Dá uma sensação de independência,
Fecundada em verdejante autossuficiência...
Ter a sensação,
Ainda que peremptória,
Ilusória,
De ter a vida nas mãos!

Ou ser tomado pelas mãos da vida,

Sob efervescente alquimia...

Em uma consagração de cumplicidade...
Um encontro surpresa com a tranquilidade,
Que trouxe nos ombros a felicidade,
De me sentir uno com a eternidade!
A tão sonhada segurança da palma...
A calma!
A volta ao lar,
Depois de um intempestivo navegar!
A humildade do aprendiz,
O mergulho no chafariz...



Para o Senhor das Homenagens:
Mario Roberto Guimarães





Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=Xz9o1PfbNdQ&feature=related
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 23/02/2011
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