Quando Uma Teia se rompe…
Há uma vontade de ir mais além
De olhar para o horizonte longínquo
Como algo que se pode tocar
E não me limitar com ele
Meramente sonhar…
Pegando nessas teias
Por onde se rege a nossa vida
E certo tipo de destinos
Coisas formatadas
Que queremos abertas
Na tentativa
De soltar
Dentro de nós próprios
As nossas natas amarras…
Fazendo com que o corpo rígido
Rigificado
Adquire a plasticidade etérea
Da arte
Das nossas supremas e belas aspirações
Dando então connosco próprios
A dançar
E não somente a compor
Certo tipo de palavras
Certo tipo de canções
Que sabemos gerar
Quando damos voz
A determinadas emoções
E então essa dança
Única
Acontece
E apesar de durar um tempo demasiado curto
Parece durar uma existência inteira
Porque esse momento ficou no tempo
Porque ao olharmos de facto nos olhos de quem estimamos
Ganhamos asas
E esse momento
Fica de facto para sempre
Porque esse momento
Á eternidade convida…
Quando Uma Teia se rompe…