Quando Uma Teia se rompe…

Há uma vontade de ir mais além

De olhar para o horizonte longínquo

Como algo que se pode tocar

E não me limitar com ele

Meramente sonhar…

Pegando nessas teias

Por onde se rege a nossa vida

E certo tipo de destinos

Coisas formatadas

Que queremos abertas

Na tentativa

De soltar

Dentro de nós próprios

As nossas natas amarras…

Fazendo com que o corpo rígido

Rigificado

Adquire a plasticidade etérea

Da arte

Das nossas supremas e belas aspirações

Dando então connosco próprios

A dançar

E não somente a compor

Certo tipo de palavras

Certo tipo de canções

Que sabemos gerar

Quando damos voz

A determinadas emoções

E então essa dança

Única

Acontece

E apesar de durar um tempo demasiado curto

Parece durar uma existência inteira

Porque esse momento ficou no tempo

Porque ao olharmos de facto nos olhos de quem estimamos

Ganhamos asas

E esse momento

Fica de facto para sempre

Porque esse momento

Á eternidade convida…

Quando Uma Teia se rompe…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 06/02/2011
Código do texto: T2776344
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