O invasor Beija-Flor

Um dia um Beija-flor invadiu a porta da minha casa para beijar uma flor que de propósito eu ali deixei, pensei até que fosse você que tivesse mando o beijo. Ouvi quando ele falava com a flor, dizendo que eu e você já éramos amigos há muito tempo atrás. Olhei para o pequeno pássaro que me encarava com a verdade a ponta do bico, e pensei! É verdade! Tanto é verdade que não posso mais ficar distante da tua amizade, da palavra amiga, do carinho e do conforto que me expressa com as pontas dos dedos no teclado de seu computador como se fosse a ponta do bico do Beija-flor falante... Como é bom ser amigo, fazer amigos mesmo na distância da presença onde só o pensamento alcança... O coração balança na timidez da minha vez quando fico pro alvedrio esperando um minutinho diário para te perguntar: “Como foi o seu dia?”... Que bom pudera eu merecer rapidamente esse minutinho da sua atenção só para aliviar um coração amigo que ansioso está para perguntar: “Como vai você?”... Perguntas que talvez você muitas vezes queira ouvir e poucos fazem mesmo quando estão no dia a dia com você, mas que o amigo jamais se esquece de fazer. Mas quando você não vem com o seu conforto para distrair-me com a sua palavra amiga meu coração se distrai e o pensamento me traí. E vêm-se as dúvidas do que disse o beija-flor ao sugar a flor à porta de minha casa. Mas o que posso fazer se amar os amigos é minha sina?

Dory Magalhães
Enviado por Dory Magalhães em 27/01/2011
Código do texto: T2754581
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