MEUS BONS VIZINHOS

Nunca fui na casa da vizinha escuridão,
prefiro visitar a minha amiga claridade,
um dia, não abri a porta para a solidão,
que mora perto, no condomínio da saudade.

No fim da rua, mora uma que vou visitar,
gosto de lá, para ve la não sou indeciso,
sinto me tão bem, junto da luz do luar,
que mora pertinho  da meiguice e do sorriso.

Recebo aqui em casa, sempre no fim do dia,
satisfação imensa quando vejo o carinho,
sempre acompanhado de sua amiga alegria,
traz o vagalume, para iluminar seu caminho.

Entre a vizinhança boa, gosto muito da flor,
mas mora aqui bem perto um bem rabugento,
entre belas amizades, gosto tanto do amor,
ainda bem que não veio me visitar, o sofrimento.

Mora isolada a sozinha, lá numa viela, a tristeza,
que sempre frequenta mais a casa da agonia,
além dela, mora naquelas bandas, a pobreza,
feliz sou eu, que moro ao lado da poesia.

Vizinho pra todo canto, até a reclamação,
nunca veio aqui, embora more aqui ao lado,
quem me visita sempre e a amiga inspiração,
que habita o mesmo prédio, do meu passado.

Poesia inspirada no texto VIZINHOS, do poeta Fábio Fan.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 09/01/2011
Reeditado em 09/01/2011
Código do texto: T2719028
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