MIL ANJOS, IMENSAS BORBOLETAS
À minha doce amiga Borboleta
MIL ANJOS, IMENSAS BORBOLETAS
(premonição de uma enorme surpresa…)
Os teus anjos
São para mim
Aviões
Literatura
E o prazer
De gostar
De viver
Pelo simples gosto
De estimar
Mil anjos, imensas borboletas
E as borboletas
São os sonhos
De criança
Que ainda tenho
E que estão a proliferar
Pois esta coisa de adulto
Altera muita coisa
Mas os sonhos…
Nunca há-de alterar
Mil anjos, imensas borboletas
Que aparecem
Sobretudo
Quando deixo os meus mundos
Herméticos
Para abraçar os teus
Que de certa maneira
Me indicam
Os caminhos do céu
Entre Jardins Encantados
Que tão bem
Sabes gerar
Em encantos múltiplos
Que me estão a chamar
Porque um anjo
E uma borboleta
A gramática
De uma forma de estar
Correcta
Na tua Estrada
Que leva ao Infinito
E que docemente
Comigo
Aceitas-te partilhar
Eu com as confusões
Demasiado pouco lineares
Tu
Com a tua suave
Forma de estar
Formando por isso
Um belo par de amigos
Um poeta à deriva
E uma poetisa
Com um notável
Sentido de orientação
Suave luz
Que ajuda
O meu percurso
Na imensidão
Por isso
Minha Amiga
Hoje sou eu
A cobrir-te
De pétalas perfumadas
Da mais bela flor
Hoje sou eu
A ressuscitar
As palavras doces
Que te dou
Andes tu
Não interessa por onde fores
Pois sei
Que dentro em breve
Ao receberes
Algo de mim
Vais exibir
Um lindíssimo sorriso
E isso é tudo o que basta
A tua paz
Para teres aqui
Um imortal amigo
Que o será
Até o infinito ser finito
Até as borboletas deixem de voar
Até o canto lindo dos anjos
Deixar
De se escutar
E eles sussurram hoje
Que de certa forma
Tu me completas
E acrescentam sorrindo
“Mil anjos, imensas borboletas”