Poetas e poetisas silentes...
Desconhecida minha, desconhecida dos sonhos da linda ternura,
como desconhecemos tanto o sangue que flui em nós...
em ti, talvez sejas mais prática, e eu sou mais sonhador...
sonho com uma mulher, e cada mulher, tem seus sonhos também...
todos nós, até os animaizinhos os têm,
os gatos, os cachorrinhos, os morcegos, os esquilos,
todos, inclusive o gênio sonha em um dia realmente
te dar o presente perfeito, uma dádiva de prazer,
de sentir angustiantemente algo profundo,
e que se achas que não és exclusiva,
por que não poderias ser...
se no mundo existem tantos no mar
navegando no oceano desta imensidão...
deste o privilégio a mim de ver teu semblante algum dia...
viste sim, que eu quero sentir também,
mesmo que o impossível tenha de se realizar alguma vez...
porque por coisas assim, vamos viajar ao Everest novamente...
singrar e cruzar o Atlântico,
água mineral mata atlântica, lê-se lá, é a marca da água...
mas tu não viste isto, viste outras coisas,
olhaste de longe meu sentimento de menino,
e ainda que furiosa ou brava algumas vezes,
por vezes preocupada, esfria a cabeça, sim, esfria...
sei que merecias sim ter mais cortesia sempre,
e se não fui assim ao extremo, que posso de mim dizer...
se nem de ti sei dizer mais... por estar saudoso da terra distante...
do reino longínquo que morava minha esperança...
desconhecida, sê aparecida nos sonhos, aparece algum dia,
tomar café comigo, este café deve ser delicioso...
dá-me um pouco!!!!!
Ah! O que é quimera!!!! Quem me dera eu saber o Português,
dizem que ele nada sabe, e que desaprende, e que parte...
e, no entanto, tanto se sabe de estudar o Português,
sempre há coisas novas em nosso dizer... sempre brincamos conosco...
te amo e nem soubeste nunca... se reparaste nos olhos...
enganas a ti mesma...
mas amo... amo mesmo... não creias assim... tão facilmente...
não acredites, só depois de te provar...
aí sim, aí poderás crer algum minuto...
nada diminuto... sim, grande prazer...
que existe amor... e amor é para viver... para valer este existir...
sentir a brisa te tocar... o silêncio te dizer mais uma vez...
silente, amei, silente, eu falo o que nem sabes...
nem pressentiste algum segundo sequer...
somos sós que dizemos a nós mesmos...
na solidão de ser a gente próprio...
e dizendo, ainda resta sempre uma palavra a mais,
encerrada nos lábios macios...
do beijo suave que não deste ainda...