Adeus Dois Mil e Dez
 
Em dois mil e dez, vi a viola em cacos!
Pensei que não fosse sobreviver.
Vi minha morte de perto
E ela me apontou o certo:
Era-me necessário recuperar o gosto de viver.
Mover, mais uma vez, os dados.
Levantar acampamento para recuperar a dignidade,
Que escorreu pelos bueiros da infelicidade.
 
Após quinze meses de espera,
Eis que chega a minha primavera:
Vendi minha casa
E abri as asas!
Consegui colocar meus pés,
Na sonhada Itacaré!
Emocionei-me imensamente,
Intensamente!
 
Ao ver o seu mar,
Com o qual não me canso de brincar...
 
Tive e estou tendo uma recepção cinematográfica,
Que alterou toda a minha estática...
Ser tratado com carinho, acalma.
Clareia a alma.
Facilita a positividade.
É meio caminho para a felicidade.
Ter chegado à cidade,
Pela Pousada da Lua, garantiu-me a tranquilidade,
 
Para eu restaurar minha melodia.
Foram dez dias,
Que, para sempre lembrarei.
No centro do meu ser levarei.
Foi o início da minha vida na Bahia:
Deliciosa e magnífica ousadia,
Onde o último nó se desata...
E a poesia flui, impunemente, em cascata.
 
Dois mil e dez acabou sendo um dos mais importantes,
Mais relevantes
Anos de minha alucinada existência.
Onde pude provar a qualidade,
A tenacidade
De minha resiliência.
Estou tendo a oportunidade de testar minhas teorias,
E dar um novo andamento, mais alegre, à minha melodia.
 
Ousei!
Fui atrás do que achava justo
Para o meu mundo.
Do apego, abdiquei.
Ao universo, literalmente, me entreguei...
Profundamente respirei...
Saltei...
...Voei!
 
Estou no ar...
Não posso mais pousar!
 

 
 
Aos queridos amigos:
Sem vocês, nada seria possível! Muito Obrigado!
À minha vida, vocês deram novo sentido.
Agradeço-lhes, com o coração emocionado.
 
Ousem!
Abusem...
Tenham coragem
De repaginar a miragem!
 
Feliz 2011 - !!!
 

 
Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=OBVC9hgb9wM&feature=related





Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 31/12/2010
Reeditado em 31/12/2010
Código do texto: T2701339