Há Um Algo na Multidão…
Que não entendo
Ou então
Faço-me desentendido
Digo que sim
Mas sinto que não
O som
Que não é o meu
De uma qualquer discussão
Eu limito-me a ouvir…
Há Um Algo na Multidão…
Fazendo dos meus sentidos
Da minha visão
Sentidos
Objectos sensoriais moucos
Porque às vezes é melhor estar ausente
Do que viver
Certas coisas
Absurdas situações
Eu prefiro estar além
E aquém
Feliz
Longe do muro das lamentações
Onde toda a gente parece ter mergulhado
Onde a gente
E o seu sentido algo estranho
Parecem estar viciados
Nisso de amarem
E ao mesmo tempo terem uma necessidade de magoar
Apenas
Para se fazerem escutar
Apenas
Porque não sabem dizer o que sentem
E viver com tal
Com naturalidade
Mas escondem-se de tal
Como se essa fuga
Fosse uma inevitabilidade…