Mãos dadas
Demos as mãos! Estreitados em dúlcido afago
Sorvamos, num trago, em nímio gole, esse carinho extremoso!
Encanto vivaz, deleitoso, deixamos em nós perpassar!
Que possa o mesmo ficar e se expressar tão garboso!
Para embeber nossa alma possa ele então insuflar
Fascínio que então perdurar, para a alacridade se impor
Com seu perfume, seu olor, com graça de si dimanante
Que fique indelével esse instante, ataviado em candor!
Demos as mãos, tão somente, demos as mãos, enlevados!
E nesse gesto espontâneo, enleados, vamos flanar!
Vamos deixar nos levar por uma brisa aprazível
A nos incidir, apetecível, como um beijo a nos dar!