Maria dos dois tons

Maria dos dois tons

Dim, dim, dim

Dom, dom, dom,

Dim, dim, dim,

Dom, dom, dom,

E assim Maria,

Sentada na cadeira

Dedilha seu violão.

Encostado ao seu ouvido

Amparado em seu colo

A boneca que ela nunca teve.

Dim, dim, dim,

Dom, dom, dom,

É Maria nestes dois tons.

Em seu mundo distante,

Seu paradeiro errante,

Seu acorde triunfante,

Maria séria,

Serena pensante,

De um violão amante.

Assim é Maria,

De um violão de dois tons

Dim, dim, dim

Dom, dom, dom.

Décio Alfieri