MESMO
A Ti, se quiseres...
MESMO
(Poema inspirado em algumas letras da Katia Melua)
Que o vento sopre
Numa enorme tempestade
O meu ombro
É uma muralha
Que te protege
Contra essa contrariedade
Mesmo
Que os mares se revoltem
E te queiram afogar
Serei a tua bóia
Que te livra
Da fúria do mar
Mesmo
Se as palavras
Possam parecer
Excessivas
Terei sempre o verbo
Ou o substantivo
Próprio
Para que saibas
Que tens aqui
Gente amiga
Mesmo
Que o frio aperte
E não saibas como o combater
Dou-te o meu cobertor
De estrelas
Quentinho como poucos
Para melhor
Te proteger
Mesmo
Que possas estar
A anos-luz da felicidade
Eu ofereço-te
Um belo sorriso
Como prova doce
Da minha doce amizade
Mesmo
Que o teu jardim
Possa parecer
Murcho
Eu dou-te o meu carinho
As minhas palavras
Sempre afáveis
Para lhe servirem
De adubo
Mesmo
Que o Universo
Possa parecer
Estar contra ti
Empresto-te o meu sol
O meu planeta
A minha imensidão
Como exílio
Ou mero abrigo temporário
Porque embora
Não pareça
Há amizades
Assim
Que não têm nada
De extraordinário
Que são o que são
Pela força do ser
Eu gosto de ti
E é esse gosto infinito
Aquilo
Que eu tenho
Para te oferecer
Mesmo…