A COBRA DO POETA ARÃO FILHO

Sairia correndo, mesmo armado com um arpão,
teria até coragem de subir no céu, num balão,
se visse na minha frente, essa baita gibóia.
Essa  que aparece na cacunda do poeta Arão,
e ele disse que é seu bichinho de estimação,
preferia ve la só num quadro do pintor Góia.
Mesmo com um canhão
ia perder a direção
ia parar lá em Lindóia...

Pelo tamanho e a grossura dessa bichona,
ia correr muito mais que o atleta Maradona,
ainda bem que está longe, está no Maranhão.
Queria dizer ao bom amigo e grande poeta,
que ia correr muito além da ilha de Creta,
sabe de uma coisa?Prefiro ver assombração...
Ela dorme na varanda?
Que seja com o panda
lá dos lados de Cantão...

Se ver mesmo um bichão desse do meu lado,
ficarei com o cabelo durante um mês, arrepiado,
que fique bem longe, de Campos do Jordão...
Cruis credo, ficaria branquinho como um giz,
não teria como chamar São Francisco de Assis,
que essa baita cobra, fique lá com o poeta Arão.
Subo num pé de atemóia
pulo num rio sem a bóia
esse bicho não e ficção.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 25/11/2010
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