A lua espreitou...
A lua hoje veio tão perto!
Quase poisou suas mãos no meu telhado!
Segredei-lhe algumas incertezas...
Afastou-se um pouco,
para poder colocar um raio da sua luz,
na minha inquietação!
Deu-me beijos milagrosos,
para o meu coração serenar...
Escutou-me com tolerância,
assim como quem entende tudo,
numa mudez expressiva!
Obrigou-me a entender-me...
a colocar tijolo em sítio certo!
A estabilizar a estrutura,
da minha morada interior!
Lembrou-me que os dias são todos diferentes...
Despediu-se,
e sussurrou-me ao ouvido:
Volto amanhã,
mesmo que não precises de mim!