Juventude que me abre o horizonte
A poesia tenta cantar a realidade
Por mentiras inventa as verdades
E, à própria vida, apenas a imita
Já que a vida é vivida,e não escrita.
Tem a ver tu com isso doce Nina?
Que a toda poesia dá referência
Pois, teu nome, é mais pura essência
Como se mulher fosse! é menina.
Como é estranho escrever pra ti
É como se escrever à própria poesia!
Que, em tempos, dói e dá alegria
Que cega e ao mesmo passo guia.
Teus olhos que vêem por mim
São mais belos e ainda mais jovens
Que os meus dezessete invernos
São intempéries às tuas primaveras.
Meus olhos são gostosos e castanhos
Mas, de que adiantam ainda fechados?
A juventude que me abre o horizonte
É a amizade que ao amor resiste.
A Nina é tão pérfida, louca e vil!
Veja, como mente primeiramente
A vã poesia! Comumente se contraria!
A Nina é, eloqüente! Amizade, alegria!