ROSAS PARTIDAS

ROSAS PARTIDAS

por Juliana S. Valis

Um vaso de saudade partiu-se

Ladeira abaixo, pela superfície dos tempos,

E muitos pensamentos, de fato, quebraram,

Espalhando cacos de luz entre rosas partidas...

Quando, então, você me perguntou

Aonde eu queria chegar

E onde deveria estar o ápice do amor

No momento em que o sol beija o mar

No tempo...

Mas já é hora de guardar seu vaso de sonhos ?

Se o coração não mede exatamente o atraso

Nem a extensão das dores,

Por que deixar o jardim da mente sem as flores

Que você cultivou sem prazo ?

E, ainda assim, sempre um vaso de luz se parte,

Espalhando cacos de cruz nas vidas,

Mas não deixe a alma sucumbir sem arte

Nos espinhos mil de rosas partidas...

E, de novo, você me perguntou

Aonde eu queria chegar

E onde deveria estar o ápice do amor

Quando o sol beija o mar,

Desafiando a força da vida

Na infinita vastidão do espaço.

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