Ser…Estar…mas sobretudo nunca deixar de Ser…

Uma criança feliz

Sendo igual na diferença

Fraternal

De ser o que sou

Tentar compreender os outros

E nessa tempestade tranquila

Tentar que tudo seja o mais possível normal…

Ter um sorriso permanente

Mas ter a sensação de a vida como ela é

(e que me é estranha…)

Mo querer tirar

Ter asas de borboleta com estrelas

Num voo eterno

Da minha imaginação

De quem me estima

Que me quer ver continuar a voar…

Recusar essa coisa da moda

De toda a gente dizer ser igual a si mesma

E usarem e gastarem palavras tão caras como

“honestidade” e “sinceridade” com assombrosa futilidade

Mas na realidade usarem máscaras

Porque isso calha bem

Porque toda a gente tem medo de se mostrar

Como se ser igual a nós próprios

Fosse uma espécie de veneno social

Que nos pode matar…

E no meio de tanta coisa

De tantas pressões

Da voz cega da multidão

Eu sigo a voz que interessa

A voz

Do coração

Eu sigo a luz que brilha nos olhos

Daquelas almas

Que recusam estados de situação

As tais modas

Gente que se recusa a envelhecer

Gente feliz

Que também deita lágrimas

Mas que fazem destas

Um lubrificante para o seu sorriso eterno

E não um drama existencial

Que o que é simples

Tornam numa desnecessária complicação…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 07/11/2010
Código do texto: T2602633
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