FOTOGRAFIA
Estendo a mão e te dou.
Aceite se quiser...
É pequena, porém é minha, (minha?!)
E é assim que te dou,
Tartaruga morta-viva,
Que humanos pegam nas mãos e pensam ser donos.
Dão de presente, pensando poder comandar
O desejo do que se está dando.
É por isso que te dou esta foto,
É só uma imagem a mais...
É o meu riso multiplicado,
Desejo contido.
Não sou, e não pretendo ser a poetisa como você é,
Se um dia,
Somente uma reles poeta
Com palavras tortas,
Com olhar de gente morta,
Mais uma imagem, somente,
Que estende a não e se oferece.
Brasília, 1979
Para Ana Lemos.
Estendo a mão e te dou.
Aceite se quiser...
É pequena, porém é minha, (minha?!)
E é assim que te dou,
Tartaruga morta-viva,
Que humanos pegam nas mãos e pensam ser donos.
Dão de presente, pensando poder comandar
O desejo do que se está dando.
É por isso que te dou esta foto,
É só uma imagem a mais...
É o meu riso multiplicado,
Desejo contido.
Não sou, e não pretendo ser a poetisa como você é,
Se um dia,
Somente uma reles poeta
Com palavras tortas,
Com olhar de gente morta,
Mais uma imagem, somente,
Que estende a não e se oferece.
Brasília, 1979
Para Ana Lemos.