Há certas palavras, haverão sempre certo tipo de palavras…

Que falam de quê?

Duma certa inevitabilidade

Que te quero

Não por agora

Mas por toda a Eternidade

Que pode durar um segundo

Um mês

Um ano

Mas de forma ideal uma vida

Pois este tempo

É o tempo certo

Das mais indestrutíveis amizades…

Onde se aprende a dar o mesmo valor

A uma lágrima

A um sorriso

A perdermos o pudor das mesmas palavras

E na altura certa

Dizermos

“É de Ti que eu preciso…”

Assim como um dia

Poderás precisar de mim

Em pedidos rotativos

Que nunca deverão acabar

Porque a camaradagem

Faz-se deste tipo de sentires

Porque quando precisamos de alguém

Essa pessoa

Aparece

Sem que tenhamos de chamar por ela

De por ela implorar

Sem que tenhamos

Que regatear a sua companhia

As pessoas certas

Aparecem

Nas alturas adequadas

Sem transformar a amizade numa esmola

Porque se ela for isso

A amizade

Não vale absolutamente nada, nada, nada…