Até a Estaca Zero

Quase sempre me é bastante complicado permanecer nessa dimensão

Onde a mentira governa

E a omissão impera.

Onde a solidariedade escafedeu-se

E o propósito primeiro da humanidade perdeu-se.

Onde se busca o sucesso,

Independente do construtivo progresso.

Onde o egoísmo é a chaga,

Que a tudo queima feito lava.

Onde a esmagadora maioria dorme

E o resto consome...

Dados que me causam uma perturbadora exaustão!

Mas, não desisto, não!

Lutarei até a última respiração!

Tenho a mais límpida convicção

De que tudo pode e vai ser melhor,

Assim que o planeta livrar-se do que for menor,

Do mesquinho,

Do cinismo,

De todos os ismos...

Que contaminam e apodrecem todo e qualquer ninho.

Nossa consciência foi enganada,

Iludiu-se,

Diluiu-se!

Fizemos escolhas erradas.

Ferimos deliberadamente a vastidão!

Somos vítimas da nossa própria arrogância,

Da nossa estelar ignorância!

Entretanto, há um propósito muito maior perpassando tudo

Que se manifesta nesse e em todos os mundos.

Algo que de tão poderoso,

Obviamente, é generoso!

Vai nos fazer resgatar de nós mesmos,

Através do reconhecimento dos nossos hediondos erros.

Vamos ter que acordar de qualquer maneira.

Eis aqui a condição primeira!

Nada será possível cosmicamente,

Enquanto permanecermos no materialismo, desgraçadamente...

Fechando a mão

Ao próprio irmão!

Em breve, muito breve, não teremos mais

O que prender em nossas palmas;

Com o que corromper nossas almas.

As posses dissolver-se-ão, como velhos jornais!

Voltaremos à estaca zero.

Não sou eu que quero!

É inevitável, diante do caótico quadro,

Completamente fora dos universais esquadros.

Perderemos os pseudos abrigos,

Até que reencontremos os nossos desígnios...

Muito mais esplendorosos e belos

Do que os atuais castelos!

Para a amiga e excelente poetisa

Angel Mac

Vídeo indicado:

http://www.youtube.com/watch?v=9IEf_Thxe3E

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 25/10/2010
Código do texto: T2576966