Tempestades

Não sei se te amo carnalmente,

Não agora que somos amigos,

Isso está ficando estafante,

E precisando de um bom sossego.

Mas hoje não vejo e nem quero

Que fiquemos juntos,

Você acha que estou a desprezar?

Sabe o quanto chego a te amar?

Sim, posso provar,

Subirei até o píncaro

E de lá trarei o mais belo revérbero

Para encher seus olhos de brilho.

Porém não mentirei, num futuro remoto

Quero ser o seu homem e você minha mulher.

Imaginação, confusão, alienação,

Tudo por causa da minha privação.

E um outro erro meu

Que deixou-me ao léu,

Desprotegido dos ventos congelantes

que cortavam-me quais facas flamejantes.

Depois de uma longa calmaria,

Agora é tempo de tempestades

Todo dia, à porfia,

Será o fim de uma amizade?

Henhippe
Enviado por Henhippe em 11/10/2010
Reeditado em 13/10/2010
Código do texto: T2550336
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