Tempestades
Não sei se te amo carnalmente,
Não agora que somos amigos,
Isso está ficando estafante,
E precisando de um bom sossego.
Mas hoje não vejo e nem quero
Que fiquemos juntos,
Você acha que estou a desprezar?
Sabe o quanto chego a te amar?
Sim, posso provar,
Subirei até o píncaro
E de lá trarei o mais belo revérbero
Para encher seus olhos de brilho.
Porém não mentirei, num futuro remoto
Quero ser o seu homem e você minha mulher.
Imaginação, confusão, alienação,
Tudo por causa da minha privação.
E um outro erro meu
Que deixou-me ao léu,
Desprotegido dos ventos congelantes
que cortavam-me quais facas flamejantes.
Depois de uma longa calmaria,
Agora é tempo de tempestades
Todo dia, à porfia,
Será o fim de uma amizade?