Como o Sol e a Lua para HDel
Dedico essa poesia para o amigo e poeta HDel
A quem tenho muito respeito e que me ensinou que calos nas mãos são sinônimos de dignidade e o que realmente importa é o que trazemos no coração para fortalecermos a amizade
O poeta adormeceu e sonhou
Para o último baile da saudade respeitosamente a Cinderela convidou
O vestido branco tímida do baú ela tirou
Fez nos cabelos uma cascata de cachos e com uma fita branca os adornou
A meia noite o amigo estava impaciente a lhe esperar
Afinal era Lamartine Babo quem iria no baile se apresentar
Seja bem vinda ''Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda''
Ela usava luvas nas mãos
Ele tinha no peito um nobre e generoso coração
Para começo de conversa eu não sou poeta amiga Raquel
Tudo bem eu tbém não sei dançar amigo HDel
Sou um homem que tenho calos nas mãos e gosto de ouvir o canto dos passarinhos
Tirando as luvas ela lhe estendeu as mãos
Estavam machucadas de tantos espinhos
O lugar mais longe do universo é onde o coração não pode alcançar
Existem algumas flores que somente na lua azul conseguem desabrochar
Desse baile sentirei saudade
Te agradeço por me conduzir com tamanha classe e dignidade
A nostalgia independe da idade
Só a arte nos proporciona essa liberdade
O poeta e a bailarina
Duas almas no explendor de uma amizade
Um homem e uma menina rodopiando no salão no baile da saudade
Entrelaçam -se nossas mãos calejadas
Todos temos uma missão nessa jornada
Mais com um bom amigo fica mais suave essa solitária caminhada
Como o sol e a lua nunca irão se encontrar
Quando o sol nascer o poeta vai acordar
E quando a lua for dormir de novo a bailarina irá sonhar...