Como o Sol e a Lua para HDel

Dedico essa poesia para o amigo e poeta HDel

A quem tenho muito respeito e que me ensinou que calos nas mãos são sinônimos de dignidade e o que realmente importa é o que trazemos no coração para fortalecermos a amizade

O poeta adormeceu e sonhou

Para o último baile da saudade respeitosamente a Cinderela convidou

O vestido branco tímida do baú ela tirou

Fez nos cabelos uma cascata de cachos e com uma fita branca os adornou

A meia noite o amigo estava impaciente a lhe esperar

Afinal era Lamartine Babo quem iria no baile se apresentar

Seja bem vinda ''Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda''

Ela usava luvas nas mãos

Ele tinha no peito um nobre e generoso coração

Para começo de conversa eu não sou poeta amiga Raquel

Tudo bem eu tbém não sei dançar amigo HDel

Sou um homem que tenho calos nas mãos e gosto de ouvir o canto dos passarinhos

Tirando as luvas ela lhe estendeu as mãos

Estavam machucadas de tantos espinhos

O lugar mais longe do universo é onde o coração não pode alcançar

Existem algumas flores que somente na lua azul conseguem desabrochar

Desse baile sentirei saudade

Te agradeço por me conduzir com tamanha classe e dignidade

A nostalgia independe da idade

Só a arte nos proporciona essa liberdade

O poeta e a bailarina

Duas almas no explendor de uma amizade

Um homem e uma menina rodopiando no salão no baile da saudade

Entrelaçam -se nossas mãos calejadas

Todos temos uma missão nessa jornada

Mais com um bom amigo fica mais suave essa solitária caminhada

Como o sol e a lua nunca irão se encontrar

Quando o sol nascer o poeta vai acordar

E quando a lua for dormir de novo a bailarina irá sonhar...

Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 05/10/2010
Código do texto: T2539794