Três Vivas à Maturidade

Francamente!

Nunca me pensei tão valente...

Quando pensei que já estava acomodado,

Sedimentado,

Dentro da própria casa,

Já recolhidas as asas...

Eis que me pego atrevido,

Vivo!

Cheio de coragem,

A ponto de trocar de paisagem...

De realizar a ousadia

De me entregar ao mar da Bahia...

Antigo sonho,

Que, agora, recomponho,

Materializo

E me realizo...

Meu Deus! Que emoção...

Já pode ser classificada como comoção!

Estou muitíssimo bem disposto.

Está estampado em meu rosto...

Consciente das minhas predileções,

Sei que me esperam altíssimas sensações...

Introspectivas,

Assustadoramente sensitivas...

Expressividade da pele...

Sinto-me surpreendentemente

Declaradamente,

Leve!

Aprendi que inexistem perigos

Para quem ouve os sentidos.

Meus passos são visivelmente guiados,

Por queridos encantados!

Alguns até um pouco safados,

Mas todos, TODOS alados!

Quânticos

E desavergonhadamente românticos!

Para dizer a verdade: nunca me senti tão seguro...

Que bom, ter descido do muro!

Ter deixado de servir a dois senhores...

Ter respeitado meus clamores!

Ter morrido

E poeta, renascido!

Dedico esse texto ao amigo e soberano escritor

Raimundo Antonio de Souza Lopes

Vídeo indicado:

http://www.youtube.com/watch?v=L3x32-qbBTQ&feature=PlayList&p=D6B08665E862BF6B&index=0&playnext=1

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 29/09/2010
Código do texto: T2526951