De Volta ao Caderno

Ficar sem computador,

Não foi só um piano que caiu na minha cabeça...

Foi uma orquestra completa!!!

Chega a ser física, a dor.

...Saudades dos meus amigos, com certeza.

Se, na vida, o aprendizado é a meta,

Confesso nada ter aprendido com essa lição.

O que aconteceu foi a potencialização

Extremada da minha aflição,

Sobre a minha indesejável situação.

Uma sequência de fatos,

Que esté me deixando estupefato,

Pela leviandade,

Pela crueldade!

Pela sacanagem

Dessa inaceitável viagem.

Configuração essa, que insisto,

Digo, afirmo e repito:

Levará a crescimento algum,

A lugar nenhum!

Já não consigo mais evitar o desgaste.

Quero-me fora desse entrave.

Estou há muito preso a esse lugar,

Querendo escapar,

Querendo me serenizar...

Precisando me baianizar.

Tanto aborrecimento,

Tanto constrangimento!

Tanta falta de palavra,

Que queima mais que lava...

Tanta ingratidão...

Um universo de desilusão!

Não há uma só pessoa nessa cidade,

- A qual me entreguei com fidelidade -

Que me leia com frequência.

Isso altera a minha consistência.

É através da poesia que me revelo.

É ali que concentro tudo que me é belo...

Indiscutivelmente, o melhor de mim!

Onde olho nos olhos da existência e digo sim.

A esmagadora maioria do carinho que recebo

E do qualk me alimento,

É virtual...

De uma qualidade excepcional!

Tenho a minha famosa "Liga da Justiça"

Impulsionando,

Proporcionando

A minha subida.

Agora, sem computador, já por tempo avançado,

Sinto-me minado...

Agredido,

Ferido!

Visivelmente abalado!

Mesmo sentindo os amigos dentro do peito,

Sinto falta, não tem jeito!

Nota: Esse texto pode ser considerado

Como uma declaração de amor

Aos meus amigos virtuais

Ps. Hoje não vou poder visitar os amigos, por falta de tempo na lan!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 22/09/2010
Reeditado em 22/09/2010
Código do texto: T2513230