À Loura

Refaçam as artes,

As obras-primas

Repensem os valores

De uma poesia.

Recrie a face, Da Vinci,

De Monalisa...

Recontem o mito

De Afrodite.

Reflitam os conceitos

Do Amor, da miscigenação...

Não batam no peito

Havendo nele

Um só coração.

Reabsorvam a ação

De desejar

Revejam as estrelas no céu

Não sonhem com a Sereia do mar

Reforcem as preces com Deus.

Releiam “Senhoras”

De José de Alencar

Perguntem-se por que mares

Há, Camões, de estar.

Porque a extrema formosura,

A qual eu vejo nos meus dias

Desfilando a sua simpatia

Responde a toda essa ruptura.

Suas linhas doiradas,

Como os fios solares

são trabalhosamente traçadas

Dando um ar de divindade.

A inveja das musas acrescenta-lhe:

Mais perfumes em seus ais de flores

Mais sorriso de auto-estima

Mais suspiro em corações de amores.

O seu carro de amizade

É conduzido à vida eterna

Quem tem Amor não compare

Com o amor que em tudo a faz mais bela.

lucheco
Enviado por lucheco em 27/09/2006
Reeditado em 11/06/2009
Código do texto: T250902