À Loura
Refaçam as artes,
As obras-primas
Repensem os valores
De uma poesia.
Recrie a face, Da Vinci,
De Monalisa...
Recontem o mito
De Afrodite.
Reflitam os conceitos
Do Amor, da miscigenação...
Não batam no peito
Havendo nele
Um só coração.
Reabsorvam a ação
De desejar
Revejam as estrelas no céu
Não sonhem com a Sereia do mar
Reforcem as preces com Deus.
Releiam “Senhoras”
De José de Alencar
Perguntem-se por que mares
Há, Camões, de estar.
Porque a extrema formosura,
A qual eu vejo nos meus dias
Desfilando a sua simpatia
Responde a toda essa ruptura.
Suas linhas doiradas,
Como os fios solares
são trabalhosamente traçadas
Dando um ar de divindade.
A inveja das musas acrescenta-lhe:
Mais perfumes em seus ais de flores
Mais sorriso de auto-estima
Mais suspiro em corações de amores.
O seu carro de amizade
É conduzido à vida eterna
Quem tem Amor não compare
Com o amor que em tudo a faz mais bela.