Há Uma Voz…Há Certas Vozes…
Que nos fazem sentir iguais
Quando nos apontam em demasia
Num excesso desmesurado
A nossa diferença
Porque afinal
Todos nós
Temos
E devemos ter
Certas particularidades
Que nos diferenciem
Da vulgaridade
Sem que tenhamos que fazer de tal
A nossa bandeira
Parte de uma causa sim
Mas nunca
A nossa única bandeira
E são esses seres
Que me interessa
Realmente
Ter à minha beira…
E essas vozes
Cantam-me
E encantam-me
Quer nos dias mais intensos
Quer nas noites mais divinas
Onde a criação
Flui
Sem que ao acordar
Tenhamos no seu lugar
Uma áspera
E incomoda ferida…
Vozes
Certas pessoas
E dou comigo a pensar
Que a luz
Convive com a escuridão
Mas que depois
Do tempo
Esse “grande escultor”
Definir
O que está certo
Do que está errado
É a luz
Que será
O seu legado…
São vozes
Que nos fazem sorrir
E não chorar
Embora quando as lágrimas aparecem
Essas vozes lá estão
Para as lágrimas secar
E nos olharem
Olhos nos olhos
E dizerem
Que não vão desaparecer
Que não são permeáveis
A momentâneas emoções
São vozes que ficam
Imunes a demasiadas emoções
São presenças
Bem reais
E não meramente fictícias
São vozes que enganam o espaço-tempo
São vozes da mais importante e relevante interioridade
São vozes
Que sinto
Mais do que sei
Que durarão
A minha eternidade…