Resgate

Na escalada da minha loucura,

Em minha fissura

Pela altura,

Vou me desfazendo de tudo, que não seja único,

Que não seja absolutamente lúcido.

Quanto mais me embrenho nas teias,

Das existenciais ceias,

Mais pulsam em minhas veias,

A ânsia de mergulhar por completo,

No universo, dito paralelo.

Vou deixando pelo caminho,

A palha que não se coaduna com meu ninho,

Que construo, inapelavelmente sozinho,

Nem tanto por ser individual,

Mas, principalmente por ser autoral.

Caem de mim, pensamentos,

Antigos argumentos,

Que já não me têm mais qualquer cabimento,

Por pertencerem às peles que abandonei,

Aos degraus que, conscientemente, galguei.

Por ter conhecido vários mundos,

Alguns até, bem a fundo,

Sei o que me é mais profundo,

O que vem formando a base do meu ser,

O que, realmente me impulsiona a crescer.

Já defendi, inocentemente, muitas bandeiras,

Que, hoje, soam-me como brincadeiras.

Por elas, rolei íngremes ribanceiras,

Até, finalmente, na maturidade, perceber,

Que já habitava em mim, a raiz que iria crescer.

Ter coragem de experimentar,

Não ter medo de me entregar,

Mas acima de tudo, a faculdade de pensar,

Renderam-me a alforria

De confeccionar minha própria harmonia.

Ousadia essa, que me impulsiona a continuar...

Que me impele a caminhar

E a semente da luz espalhar,

Através da concedida magia,

Da m i r a c u l o s a Poesia!

Obs: Dedico a sinceridade dessa criação,

À minha amiga

Madalena Tedesco

A força desse texto é uma homenagem

À amiga:

Regina Coelho

Parabéns a ambas que aniversariam hoje!!!

Vídeo indicado:

http://www.youtube.com/watch?v=s0zghe7JCzg&feature=related

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 13/09/2010
Código do texto: T2494635