MÃOS CALEJADAS
MÃOS CALEJADAS
Jorge Linhaça
Mãos calejadas, que contam trocados,
Mãos esquecidas, pelos meio-fios
Fios da vida já tão esgarçados
Os desgraçados do nosso Brasil
São tantas as mãos de calos contados
Anos passados de forma servil
Cabos de enxada, o níquel suado
Grande riqueza essa gente não viu
Cobres contados pra comprar o pão
Arroz e feijão e a parca mistura
Come-se um dia, no outro já não...
Mesmo um bife, se torna fartura
Mãos calejadas, que contam trocados,
Mãos esquecidas, pelos meio-fios
Fios da vida já tão esgarçados
Os desgraçados do nosso Brasil
Segue-se a vida, cruel solidão
E o dilema no peito perdura:
Com quem estará aquele quinhão
Qu'oje lhe falta em meio à penúria?
Inda há quem diga que tal situação
É a colheita do qu'ele plantou
Não valorizam os calos na mão...
Os tantos anos de quem trabalhou
Foram-se os anos, o corpo cansado
Hoje lhe cobra a sua fatura
Órgãos; tecidos; ossos desgastados
Realidade tão dura e tão crua
Mãos calejadas, que contam trocados,
Mãos esquecidas, pelos meio-fios
Fios da vida já tão esgarçados
Os desgraçados do nosso Brasil
****
Arandu,13 de agosto de 2010
MÃOS CALEJADAS
Jorge Linhaça
Mãos calejadas, que contam trocados,
Mãos esquecidas, pelos meio-fios
Fios da vida já tão esgarçados
Os desgraçados do nosso Brasil
São tantas as mãos de calos contados
Anos passados de forma servil
Cabos de enxada, o níquel suado
Grande riqueza essa gente não viu
Cobres contados pra comprar o pão
Arroz e feijão e a parca mistura
Come-se um dia, no outro já não...
Mesmo um bife, se torna fartura
Mãos calejadas, que contam trocados,
Mãos esquecidas, pelos meio-fios
Fios da vida já tão esgarçados
Os desgraçados do nosso Brasil
Segue-se a vida, cruel solidão
E o dilema no peito perdura:
Com quem estará aquele quinhão
Qu'oje lhe falta em meio à penúria?
Inda há quem diga que tal situação
É a colheita do qu'ele plantou
Não valorizam os calos na mão...
Os tantos anos de quem trabalhou
Foram-se os anos, o corpo cansado
Hoje lhe cobra a sua fatura
Órgãos; tecidos; ossos desgastados
Realidade tão dura e tão crua
Mãos calejadas, que contam trocados,
Mãos esquecidas, pelos meio-fios
Fios da vida já tão esgarçados
Os desgraçados do nosso Brasil
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Arandu,13 de agosto de 2010