Que Amigas!!!
As paredes dessa casa!
Viram tudo.
Abrigaram meu mundo.
Acolheram minha asa.
Suportaram-me,
Ampararam-me!...
De uma forma,
Que eu não me enrolasse na corda...
Mesmo em plena desarmonia,
Sustentou minha fantasia,
Preservando a alegoria,
Para uma futura harmonia.
Elas assistiram aos enfadonhos,
Deprimentemente tristonhos,
Espetáculos solos de sofrimento,
De físico definhamento,
Que mantive em longas temporadas,
Por critica e público, desaprovadas.
Suas paredes brancas,
Apesar de maculadas por lágrimas tantas,
Sempre me devolveram ao equilíbrio,
Não cheguei a sair dos trilhos,
Perdi, um pouco, o brilho,
Mas, não pretendo cair do fio.
Acho muito importante: gostar de onde se mora.
Isso mantém a esperança na vindoura aurora...
Proporciona segurança,
Dado que pesa demais na balança.
Ter prazer em voltar para o lar,
É mais que recomendável, é salutar.
E essa casa realmente, foi a que mais gostei,
Em sua espádua forte,
Além de ter encontrado a direção do meu norte,
Confortavelmente, me recostei...
Tive a paz indispensável,
Para não incorrer no lamentável.
Corri riscos.
Perdi o juízo.
Amei incondicionalmente,
Mas, conscientemente.
Vi Deus!
...Pensei nos ateus...
Apanhei,
Mas, a tudo superei!
Renasci das cinzas,
Com outras tintas,
Parecida com aquelas primeiras,
Com as quais me pintava de brincadeira.
A poesia assumiu total controle da minha vida.
Francamente, esse fato tem facilitado bem, a subida...
O poeta
Mudou a seta.
Está no leme da enlouquecida embarcação.
O homem descasca batatas no porão...
Essas paredes, com certeza, contribuíram para esse motim.
Para essa troca de papéis, dentro de mim.
Enfim, só tenho a agradecer,
A me curvar,
A reverenciar,
Às testemunhas do meu amadurecer.
Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=pV0Dg-mPv9Q&ob=av2e