E ao som daquela guitarra…
Recordamos velhos tempos
Nossos que não vivemos juntos
Tempos onde as pessoas passaram por nós
E se evaporaram
E por isso são tempos idos
São tempos defuntos…
E o som invade a noite
O som faz-nos sorrir
Faz-nos chorar
Pelo tempo
Que perdemos
E que ousámos dessa forma desperdiçar…
Mas é então
Que olhamos para o que resta em nós
E reparamos
Que as recordações afinal são bonitas
E reparamos
Nas pessoas que temos
A nosso lado nessa fogueira imortal
Reparamos que afinal o tempo
Faz mais bem
Do que mal
Reparamos que estamos parados
A caminho
Da Felicidade
Reparamos que somos realmente Felizes
Pela simples e linear razão
De apesar de nunca esquecermos o que nos deixou tristes
Não guardamos qualquer tipo de cicatrizes
Deixando sempre a porta aberta
Para quem se foi embora
Sem sequer dito um mero “Adeus”…
Porque é essa capacidade de viver sem rancor
Sem ressentimentos
Que nos permite nunca envelhecer
E tocar
E sentir
O Verdadeiro Reino dos Céus…